domingo, 23 de novembro de 2008

X ENCONTRO INTERNACIONAL DE PARTIDOS COMUNISTAS E OPERÁRIOS


Durante os dias 21, 22 e 23 de novembro celebrou-se em Sao Paulo, Brasil, o X Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários e todo mundo, sendo em anfitrião do encontro o Partido Comunista do Brasil.
Estiveram presentes os seguintes partidos: Partido Comunista de África do Sul, Partido Comunista de Alemanha, Partido Comunista de Argentina, Partido Comunista de Bielorrusia, Partido do Trabalho de Bélgica, Partido Comunista de Bolívia, Partido Argelino para a Democracia e o Socialismo, Partido Comunista Brasileiro, Partido Comunista de Brasil, Partido Comunista de Bulgária, Partido Comunista de Canadá, Partido Comunista de Chile, Partido Comunista de China, Partido Comunista de Colômbia, Partido do Trabalho da República Popular de Coréia Partido Comunista de Cuba, Partido Comunista de Dinamarca, Partido Comunista em Dinamarca, Partido Comunista de Equador, Partido Comunista dos Povos de Espanha, Partido Comunistas de Estados Unidos, Partido Comunista de Finlandia, Partido Comunista Unificado de Georgia, Partido Comunita de Grã-Bretanha, Partido Comunista de Grécia, Novo Partido Comunista de Holanda, Partido Comunista dos Trabalhadores de Hungria, Partido Comunista da Índia, Partido Comunista da Índia =marxista=, Partido Comunista de Iraque, Partido Tudeh de Irã, Partido Comunista de Irlanda, Partido dos Trabalhadores de Irlanda, Partido dos Comunistas de Itália, Partido da Refundación Comunista de Itália, Partido Popular Revolucionário de Laos, Partido Socialista de Letónia, Partido AKEL de Chipre, Partido Comunista de Luxemburgo, Partido dos Comunistas Mexicanos, Partido Comunista do Nepal, Partido Comunista de Noruega, Partido Comunista do Líbano, Partido Comunista de Palestina, Partido do Povo Palestino, Partido Comunista de Paquistão, Partido Comunista de Bohemia e Moravia, Partido Comunista de Paraguai, Partido Comunista de Peru Pátria Vermelha, Partido Comunista Peruano, Partido Comunista Português, Partido Comunista da Federação Russa, Partido Comunista dos Trabalhadores de Rússia, Novo Partido Comunista de Sérvia, Partido Comunista Sírio, Partido Comunista de Síria, Partido Comunita de Suécia, Partido Comunista de Turquia, Partido Comunista de Ucrania, União dos Comunistas de Ucrania, Partido Comunista de Uruguai, Partido Comunista de Venezuela e Partido Comunista de Vietnã.

A mesa do encontro conformou-se com camaradas da direcção do Partido Comunista de Brasil, encabeçadas por seu dirigente nacional, camarada Jose Renato Rebelo.

Todas as delegações assistentes tomaram a palavra para posicionarse sobre o tema geral do encontro “Novos fenómenos no marco internacional. As contradições e os problemas nacionais, sociais, ambientais e interimperialistas em aumento. A luta pela paz, a democracia, a soberania, o progresso e o socialismo. A unidade de acção dos partidos comunistas e operários”, ressaltando de forma unânime o contexto de crise sistémica em que se celebra o encontro.

Produziu-se uma ampla coincidência na caracterização da crise, sua profundidade, e constatou-se que a mesma deixou patente não só a falsidade da afirmação de que o capitalismo era o único sistema possível, senão de que o liberalismo, sua forma de desenvolvimento actual, era a panacea que resolveria os problemas mundiais. Hoje o falhanço do modelo é uma realidade evidente para todos, e o balanço é absolutamente negativo para os trabalhadores e os povos: maior concentração da riqueza, correlativa com o empobrecimiento de sectores muito amplos da população mundial, incremento da fome e as doenças, aumento das taxas de exploração e endurecimiento das formas de apropiación de plusvalía, perda de direitos trabalhistas, perda de direitos democráticos tanto individuais como colectivos, graves agressões ao médio ambiente, brutais intervenções militares umas abertas e outras encobertas, etc.

Mas ressaltou-se em muitas das intervenções que a crise não é a do neoliberalismo, como pretendem alguns “novos salvadores do capitalismo, senão a crise do sistema, das que o anterior não é mas que a forma em que se manifesta na actualidade.

Mas o capitalismo não vai morrer se não lhe “ajudamos”; pretenderá, como em anteriores ocasiões, procurar uma saída fazendo recaer sobre trabalhadores e povos as nefastas consequências de suas políticas depredadoras, e dada a amplitude e profundidade da crise, essas saídas serão muito mas duras, bárbaras, e nossa tarefa como comunistas hoje é deixar claro aos trabalhadores que não existem alternativas à crise desde o capitalismo que não passem por seu sobreexplotación, seu sometimiento, sua perda de direitos económicos, políticos e sociais, e voltar a propor sem complexos que a única alternativa racional e liberadora é o socialismo.

E esta é a tarefa fundamental dos comunistas hoje, articular desde as diferentes realidades nacionais, amplas frentes antiimperialistas, populares e progressistas, num processo de acumulación de forças, da que deve ser parte fundamental a classe operária, sujeito revolucionário, que vai sofrer as piores investidas do capital, mas que precisamente por isso, pode aumentar seu nível de consciência colectivo e s assumir o papel protagónico do processo transformador.

No encontro aprovaram-se duas resoluções específicas, uma baixo o título “o socialismo é a alternativa”, sobre a situação e a proposta dos comunista em frente a ela, e outro de solidariedade com a luta dos povos de América Latina, não só pelo facto de se reunir neste continente pela primeira vez na história os comunistas de todo mundo, senão pela importância estratégica da região e os processos que nela se estão a desenvolver.

Assim mesmo o partido subscreveu 2 resoluções específicas sobre Cuba, um referida aos cinco heróis sequestrados pelo império yanki e outra de solidariedade ente as consequências dos ciclones que assolaram a Ilha, outra referida à solidariedade com o povo colombiano em sua luta pela paz, outra de apoio ao povo iraniano, uma solidaria com a Republica Popular de Coréia e outra mas sobre Palestina em particular e Oriente Médio em general.

O Partido propôs, como actividades concretas da unidade de acção, o fixar duas datas específicas que podiam se ter em conta para sair à luz de forma conjunta: o 1’ de maio, para ressaltar que os comunista seguimos considerando à classe operária o sujeito revolucionário, e o 7 de novembro, para reivindicar a vigencia dos princípios que inspiraram o outubro bolchevique e que abriu ante os trabalhadores a perspectiva do socialismo.

Apoiámos assim mesmo a proposta do Partido Comunista de Argentina, de converter num motivo de actividade comum dos comunistas em todo mundo, a celebração do 50 aniversário da Revolução cubana, e a proposta do Partido Comunista de Cuba de criar uma página site dos partidos comunistas, do abordaje nas próximas reuniões de temas específicos, e de que em adiante não se aprove um comunicado de imprensa senão que revista a forma de resolucion política.

Por último encomendou-se ao grupo de trabalho, que em sua próxima reunião aborde os temas das acções conjuntas, bem como fixe o lugar do XI Encontro, para o que até agora existem duas propostas, Síria e a Índia.

Em decorrência do encontro, no sábado 22 celebrou-se um acto de solidariedade com a luta dos povos de América Latina, que contou com a presença, entre outros, do Ministro de Desportos, do presidente da Câmara de Deputados, da presidenta do Conselho Mundial da Paz, e de colegas do MAS boliviano e de Paraguai., além do camarada Remires do PC de Cuba, do camarada C. Mathlako, do PC de África do Sul e do camarada Jaime Caicedo, do Partido Comunista de Colômbia, que pôs em evidência a fortaleza da UJS, as juventudes do PC do Brasil e a pujanza dos processos abertos em alguns países do subcontinente.


Leopoldo del Prado